“A objetividade de qualquer conhecimento se origina da subjetividade do pesquisador. Se não tornarmos exato quem mede, não temos um critério de verdade. Cada coisa deve partir do íntimo da inteligência”. Com esta frase, o Acad. Prof. Antonio Meneghetti abre uma conferência realizada na Itália, em 1992, sobre o campo semântico.
No âmbito científico, quando se diz que o parâmetro da objetividade é externo, é como dizer que o metro deve prender a própria objetividade das coisas que mede. Para se alcançar o conhecimento real daquilo que impactamos, a lógica é inversa. Primeiramente, devemos estabelecer a subjetividade do metro e, depois, partindo dessa subjetividade, podemos estabelecer todas as demais objetividades.
No âmbito científico, quando se diz que o parâmetro da objetividade é externo, é como dizer que o metro deve prender a própria objetividade das coisas que mede. Para se alcançar o conhecimento real daquilo que impactamos, a lógica é inversa. Primeiramente, devemos estabelecer a subjetividade do metro e, depois, partindo dessa subjetividade, podemos estabelecer todas as demais objetividades.
A ciência ontopsicológica indaga diretamente a subjetividade do homem, colhendo-a através de instrumentos metodológicos de análise como o campo semântico, a análise onírica e o parâmetro da convergência dos fatos que dão identidade e funcionalidade acretiva ao indivíduo. O enorme poder desse conhecimento permite saber tudo de uma pessoa com base na emanação que modula em um contexto.
Para ler o campo semântico, porém, é necessário ser um homem exato, ter experiência e estudos. Como qualquer instrumento deve ser límpido para que seja exato para um certo tipo de conhecimento, igualmente a nossa racionalidade deve desfazer-se do quanto é acrescido e antitético à identidade do sujeito. E também sob este aspecto a escola ontopsicológica resolve o problema, identificando e descrevendo o mecanismo deformador inserido na mente do homem, o monitor de deflexão.
“O adestramento à leitura do campo semântico deve ser sobretudo um exercício de qualificação pessoal, enquanto a possibilidade de conhecimento está condicionada, exclusivamente, pela tomada de conhecimento interior”. Em qualquer ciência, a precisão da pesquisa é determinada exclusivamente pela perfeição do instrumento.
No campo da psicologia, em que o homem, além de ser objeto, é também o sujeito do estudo, é necessário um operador com uma subjetividade exata. Eis a enorme contribuição da pesquisa ontopsicológica no campo do conhecimento. “De fato, eu defino a Ontopsicologia ciência da subjetividade que comporta o aperfeiçoamento gradual, através de metodologia específica, do instrumento de conhecimento: o Eu.”
Os trechos acima foram extraídos da conferência O Campo Semântico cuja transcrição foi publicada na obra Projeto Homem. 2.ed. Florianópolis: edição do autor, 1999. pp.161-172.
Para aprofundamentos sobre a subjetividade do pesquisador, indica-se também o texto de Antonio Meneghetti Exatidão do pesquisador para o exercício científico publicado no Manual de Ontopsicologia. 3.ed. Recanto Maestro: Ontopsicologica Editrice, 2004. pp.142-144.
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